quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Depois do sol levantar

Reviro o nada. Margeio as folhas de um livro. Imagino tragédia. Abro as janelas. Giro. Rabisco um planejamento no horizonte. Instauro uma rotina. Pedalo pelos sonhos. Preparo um chá de paciência. Costuro um retalho de fotografias. Espio pela fresta da memória. Desenrolo flores de papel crepom para desmanchar o tempo. Exijo dedicação ao desapego. Ensaio uma dança improvisada. Tudo pelo avesso. Para desvendar a incerteza. Para depois de subir a montanha. Encontrar com a minha paisagem.